
O presidente da Distrital, Dr.Marco António Costa, voltou a defender a introdução de circulos uninominais.
Considera essencial que se repensem as funções do Estado, nomeadamente nas Direcções gerais ( DREN, CCDRN) que são dirigidas por pessoas que ninguem conhece ou elegue.
Marco António Costa defendeu que “a nossa Região tem de reganhar um papel central naquela que deve ser a actividade produtiva nacional.
O Norte continua a ser uma Região superavitária sob o ponto de vista da sua balança de transacções, onde se produz mais do que aquilo que se consome, e continua a ter francas tradições na sua capacidade empreen-dedora, contudo não podemos ignorar os números mais recentes das falências e do desemprego que revelam que o nosso tecido económico tem sofrido um forte revés com esta crise que se instalou há vários anos em Portugal e que tem debilitado o tecido económico”.
Segundo o líder distrital social-democrata, “há uma lógica que se instalou na Comunidade Europeia, há uns anos, de privilegiar uma Europa de serviços em detrimento de uma Europa produtora de bens transaccionáveis. Eu defendo que o Norte tem de ganhar esse espírito, o papel de centro de produção desses bens. Só isso nos dará a capacidade de podermos fomentar uma Região sólida económico-social e, simultaneamente, reganhar um estatuto político e de intervenção institucional no plano nacional”.

José Guilherme Aguiar falou do “papel fundamental do desporto na Região Norte. Contrariamente àquilo que pensam os intelectuais, representa um factor de desenvolvimento social. Quantos mais jovens tivermos a praticar desporto, quanto maior e melhor for o conceito da prática desportiva, tenho a certeza de que teremos uma sociedade mais desenvolvida e melhor”.
Para o vereador social-democrata, “o Norte sempre foi uma área onde o desporto teve um papel muito importante”, apesar do desporto só se ter “descentralizado” a partir da Revolução do 25 de Abril, depois de anos de “centralismo” em Lisboa.
Como resultado, passou a haver “uma enorme dispersão da prática desportiva. Temos em todo o país excelentes equipamentos desportivos de formação e isso veio trazer às populações um grande desenvolvimento”, como aconteceu em Lamego, Viseu, Braga, Guimarães e Resende, “pelo que o desporto tem um papel fundamental no crescimento de uma comunidade”.

Do Clube dos Pensadores, o biólogo Joaquim Jorge, mostrou-se reticente quanto á adopção da regionalização enquanto modelo de organização e planificação do território.
Afirmou que “as elites do Norte não funcionam. Devia haver uma teoria do Porto abrangente, incluindo Gaia, porque há tanta gente com valor.
Perde-se o Red Bull, e do que se fala?
Fala-se de Pinto da Costa, não se fala em mais nada.
Não vale a pena falar-se em elites, porque estas não existem. Cada vez o Porto está mais pobre, apesar de produzir imenso”. O fundador do Clube dos Pensadores questiona o que “fazem os deputados pelo Porto? Defenderam os interesses do Distrito?
Não, deslumbraram-se com o poder”.
O presidente da JSD, Ricardo Gonçalves Cerqueira, lançou para cima da mesa questões tais como: a relação da região Norte com a Galiza, a regionlização como modelo alternativo e indices de desemprego muito preocupantes.
Ricardo Gonçalves Cerqueira, referiu que com “esta actividade queremos cumprir uma das grandes missões da JSD. Promover o debate e reflectir, com o intuito final de chegarmos a conclusões. Este é mais um passo nesse caminho”.
O que se pretendia era “aproximar três visões tendencialmente distintas sobre o mesmo tema. Não queremos dizer se somos a favor ou contra a regionalização.
O que queremos é que os militantes da JSD e do PSD esclareçam as suas dúvidas e que promovam o debate em Matosinhos”.
Sem comentários:
Enviar um comentário