José Sócrates tem vindo nos últimos dias a acenar com o espectro de o PSD poder vir a ter uma actuação menos preocupada com o Estado Social uma vez chegado ao Governo.
O Primeiro-ministro e os responsáveis socialistas parecem apostados em acenar com fantasmas e cenários delirantes sobre o que os portugueses podem esperar daquilo que também a eles já lhes parece inevitável, a mudança de um ciclo político que já dura há tempo demais.
Em vez de se preocuparem com o próximo Orçamento de Estado e de começarem a mostrar que têm alguma ideia que não seja o aumento da carga fiscal sobre os contribuintes e a manutenção dos milhares de boys que pululam no aparelho de Estado, os socialistas empenham-se em atacar e caluniar a oposição.
Deviam, em vez disso, olhar-se ao espelho, reconhecer a sua incapacidade no combate à crise, escutar o que principal partido da oposição diz e procurar os consensos indispensáveis para fazer com que Portugal reencontre o caminho do crescimento económico e do progresso.
O desemprego é bem o exemplo da contradição entre o discurso surreal de José Sócrates e o verdadeiro "estado social" que nos oferece. A crise financeira e económica chegou ao mercado de trabalho nacional em Maio de 2008. Desde então, pôs no desemprego uma média de 300 portugueses por dia.
A taxa de desemprego em Portugal passou de 7,7% da população activa, afectando 427 mil indivíduos, para 10,8% (Julho de 2010), o que representa um agravamento de 3,1 pontos percentuais e um alargamento para quase 600 mil portugueses que procuram e não encontram trabalho.
Esta é a dura realidade e nem o tradicional emprego sazonal de Verão mudou significativamente o panorama. Entre os jovens são praticamente 63 mil os que não encontram emprego e quase 47 mil licenciados estão na mesma situação.
A estes números seria ainda necessário acrescentar mais de 200 mil portugueses que não são abrangidos pelas estatísticas, quer porque já esgotaram o período de apoio ao desemprego quer porque não têm e nunca tiveram qualquer vínculo laboral.
José Sócrates fala de estado social sem ter moral para o fazer. Porque na última campanha eleitoral prometeu o alargamento e o aumento dos apoios sociais, prometeu um crescimento do investimento público capaz de criar novos empregos, prometeu o que sabia não poder cumprir porque para tal foi avisado.
O que temos, a realidade é um desemprego que não desce e um descontrole de execução orçamental que é a antevisão do que pode acontecer em Portugal se os socialistas continuarem por muito mais tempo a governar: a falência total do estado social, não por uma qualquer ideologia ou conspiração do PSD, mas antes por total incompetência e manifesta incapacidade de José Sócrates, do seu Governo.
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